Ontem, 20 de Novembro, comemorou-se o Dia da Consciência Negra, data da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. A essa data, fazemos uma reflexão acerca da importância do negro na nossa sociedade no mesmo patamar e da mesma maneira que brancos, indígenas e qualquer etnia que seja, há de ser valorizar o ser humano, ainda que essa realidade esteja muito longe de acontecer, com exemplos no nosso cotidiano que nos mostra que esta humanidade ainda tem muito o que aprender.
Vejamos o exemplo do racismo no futebol, que é o carro-chefe do nosso blog. Há casos e mais casos lamentáveis de práticas racistas ao longo da existência do esporte amado por muitos, mas que ainda traz em si muita pequenez. Chama-se o jogador negro de macaco, oferecem a ele bananas na arquibancada,insulta-se das mais diversas formas, uma verdadeira atrocidade que já passou da hora de acabar.
Em um dos casos mais polêmicos do futebol, o jogador Grafite, que atuava pelo São Paulo, em 2005, foi alvo de ofensas racistas do jogador Leandro Desábato, do Quilmes. Disputando a Libertadores da América, os dois times se enfrentavam no Morumbi, quando Grafite empurrou o rosto do zagueiro argentino e foi expulso de campo. Justificando sua atitude, Grafite afirmou que foi vítima de racismo, ao ser chamado de “macaco” pelo argentino. Desábato foi preso no gramado e ficou dois dias na prisão. Grafite prestou queixa contra o argentino, e o jogador só foi liberado após pagar uma multa de R$ 10 mil, e pôde voltar à Buenos Aires, mas se comprometendo a voltar ao Brasil durante o processo. Algum tempo depois, Grafite retirou as queixas contra o argentino.
Se lembrarmos de grandiosos ídolos como Pelé, Coutinho, Luis Pereira, Eusébio, Dener, Dida, Leônidas da Silva, César Sampaio, Freddy Rincón, entre tantos outros jogadores negros, o futebol teria a beleza que é, sem a existência deles? Racismo em qualquer âmbito de nossa convivência como seres humanos é inadmíssivel. Sejamos inteligentes. Sejamos todos felizes!