quinta-feira, 9 de abril de 2015

Esquisitão 2015



Quem tem por volta dos 30 anos tem em sua memória o campeonato paulista como um dos mais disputados, fortes e emocionantes de se acompanhar.
Mesmo com a supremacia dos quatro grandes em número de conquistas, as disputas eram mais acirradas, os jogadores mais talentosos e os estádios mais cheios. Até os nomes dos atletas eram mais engraçados.

O objetivo principal era o futebol, pelo menos era essa a visão - ou ilusão - quando criança, e não apenas o lucro, fazendo do esporte pura especulação, como hoje vemos pela atitude de diversos dirigentes, empresários e dos meios de comunicação, principalmente a TV.
Nos últimos anos vemos times de aluguel, baixa qualidade técnica e aumento exorbitante dos ingressos com o surgimentos das novas arenas. Se o futebol é o esporte do povo, que povo é este que consegue pagar 80 reais num ingresso?

Dizem que os tempos mudam e a modernidade um preço. Neste caso, paga-se o distanciamento de grande parte da torcida que não pode arcar com tais gastos. É a gourmetização do futebol.

Além disso, alguém consegue entender este regulamento? O time que luta para avançar às quartas de finais perde e é rebaixado. Time com um único jogador no banco de reservas. Os primeiros colocados com a falsa vantagem de se jogar em casa podem ser eliminados logo de cara porque o jogo não é de mata-mata. É só mata. E mata o torcedor de raiva, de desgosto e ilusão. Porque o futebol, este sim, já morreu há tempos.