Como prometido, falemos um pouco
sobre jogadores que jogam contundidos, e que muitas vezes entram em campo após
tomar infiltrações de analgésico para driblar
as dores e ajudar o seu time. O post é
reflexo da atuação do meia santista Paulo Henrique Ganso, que atuou no jogo
contra o Vélez Sarsfield, pelas quartas-de-final da Taça Libertadores da América,
a base de infiltrações e com uma artroscopia no joelho marcada para o dia
seguinte a partida.
Não acho que o time da Vila
Belmiro atuou com um jogador a menos, até porque o gol que levou a decisão para
as penalidades máximas saiu de uma bola enfiada pelo PH Ganso, que converteu
sua cobrança inclusive. Mas a pergunta que fica é qual o limite para um jogador,
que atua com problemas físicos, em um lugar tão delicado como o joelho?
No futebol é cada dia mais comum
lesões graves no joelho. E não precisa ser profissional: no nosso clássico
evento “Futebol com os Amigos”, que já ocorre a três anos entre amigos da
faculdade, tivemos um atleta que sofreu uma lesão nos ligamentos do joelho. Além
disso, são inúmeros os exemplos de jogadores profissionais com esse tipo de
problema: Ronaldo (o caso mais célebre), Nilmar, Edu Gaspar, Raí, Rodrigo
Fabri, Pedrinho (que operou o joelho três vezes), Luizão, Juninho Paulista,
entre tantos outros.
Temos também, dois craques do
futebol brasileiro que foram derrotados pelas seguidas lesões no joelho, em uma
época que a medicina não era tão avançada: Garrincha e Reinaldo. Ambos os
atletas jogaram muito tempo à base de infiltrações no joelho, mas sucumbiram.
Eu mesmo, quando mais jovem e disputava
alguns torneios amadores, cheguei a jogar algumas vezes à base de infiltração. Machuquei
meu menisco num jogo de bola na rua, quando cai e bati o joelho na guia. É
verdade que a infiltração alivia as dores imediatamente; é verdade também, que
após o efeito passar, as dores ficam muito piores. Até hoje, meu joelho não é
100%, mas é suficiente para poder bater uma bolinha com os amigos, aos finais
de semana.
É sabido, que o esporte de alto rendimento
não é saudável. Os atletas profissionais sentem muitas dores e se machucam com
certa facilidade. No entanto, acho temerário um atleta entrar em campo com
cirurgia marcada ou a base de infiltrações, em pleno momento em que a medicina é
tão avançada. Os clubes em geral tratam muito mal seu patrimônio mais valioso,
que são os jogadores. Eles jogam em quaisquer condições, e quando encerram sua
carreira – muitas vezes – não tem respaldo algum dos clubes que defenderam.
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