sábado, 8 de setembro de 2012

O amor não tem distância


Hoje trazemos um prisma diferente do futebol. Acreditamos realmente que a torcida pode influenciar no resultado do jogo, seja incentivando ou até mesmo vaiando e criticando. Tivemos o exemplo de Palmeiras x Sport essa semana, com vídeos motivadores, ingressos mais baratos por parte da diretoria, para incentivar o time alviverde na luta para sair da zona de descenso. O resultado foi positivo com mais de 30 mil pagantes no Pacaembu e o Palmeiras vencendo o jogo por 3x1.

Mas e quem mora longe do seu time de coração e não pode acompanhar os jogos ao vivo no estádio? Para ilustrar essa ligação entre o time e a torcida um depoimento de uma torcedora do Vasco, leitora do nosso blog, Mariana Rezende:

"Quando se ama o futebol não há barreiras para o torcedor, mas é certo que a distância tira um pouco o brilho do momento caloroso e único que é estar em um estádio.

Nasci em uma cidade do interior do Goiás, e isso nunca me impediu de torcer pelo Clube de Regatas Vasco da Gama. A paixão me foi passada de família, pela minha avó, torcedora fanática desde 1945.

Mesmo o futebol goiano não sendo muito forte, minha cidade, apesar de ser pequena, tem um time, a Jataiense, chamada de raposa do sudoeste goiano, que fazia a alegria da arquibancada nos clássicos goianos, e que já teve Borges (atualmente atacante do Cruzeiro) no time, e que hoje, infelizmente, está passando por um mau momento.


Não é que eu não goste ou não apoie os times goianos, eu gosto sim, eu torço sim, espero que eles se recuperem da má fase atual, e espero frequentar mais vezes os estádios goianos, mas minha paixão pelo Vasco foi algo muito natural, e que me inspirou a amar esse esporte ainda mais.

Tive a oportunidade de assistir jogos do Vasco em Goiânia, contra o Goiás (quando ainda fazia parte da série A) e mais recentemente contra o Atlético-GO. Hoje faço faculdade em Minas Gerais, e toda oportunidade que tenho de assistir aos jogos do Cruzeiro ou Galo contra o meu time (ou não) eu vou.


Esse ano na primeira rodada do Brasileirão, no jogo: Cruzeiro x Atlético-GO, em Minas Gerais, senti o que era estar no meio da torcida organizada, junto com a Máfia Azul. Foi algo extraordinário. Não existe nada tão forte quanto o futebol para unir tantas pessoas em um só coro, um só grito, e uma só paixão, como esse esporte.

É verdade que não sei o que é um jogo em casa, com a minha torcida, e estar na torcida adversária, fora de casa nunca é fácil, tem que ter sangue frio para aguentar a pressão, mas isso não me faz acompanhar ou torcer menos pelo Vasco do que um carioca, pelo contrário. Acho importante ir ao estádio, torcer, apoiar, vibrar junto com o time, mas essa paixão, essa alegria, tem que ser pelo time que realmente gostamos, e não pelo que moramos mais perto do estádio.

O meu grito de gol não é diferente do grito de um carioca, minhas lágrimas não são menos verdadeiras do que a de um carioca, e minha satisfação em vestir a camisa cruzmaltina não é menor que a de um carioca. Torcedor é torcedor. Independente do Estado onde mora e do time que ama".

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