Por Martins e Sousa*
O primeiro filme em que Emmanuelle
aparece é de 1969, chamado Io, Emmanuelle,
baseado no livro The Joys of the Woman
da autora Emmanuelle Ars. No
entanto, a Krystel só encarnaria a personagem principal a partir de 1974 com a
recriação do filme. A atriz holandesa continuou interpretando a
personagem-título em Emmanuelle 2.
A partir disso, surgiu uma série de filmes que seriam
supostas continuidades da série erótica durante a década de 1980 e 1990,
inclusive uma versão de ficção científica um tanto bizarra, em que Emmanuelle ia ao espaço sideral. No entanto, a
partir de 1980 Krystel deixou de interpretar a personagem principal, apesar de
fazer diversas aparições enquanto Emmanuelle
mais velha.
Hoje, vítima de complicações sofridas após um AVC, a atriz
que fez a cabeça de várias gerações de guris faleceu.
Mas podemos dizer que Emmanuelle
já havia morrido com a alta propagação da pornografia na internet, que fez com
que se perdesse o certo glamour que existiu outrora Hoje vemos mulheres
seminuas em horário nobre, seja em novelas, filmes não-eróticos, programas de
auditório, entre outros.
Nos idos da década de 1980 e início da de 1990, era
praticamente impossível ver qualquer tipo de seminudez na TV ou cinema; revista
do tipo Playboy eram artigos raros e caros, exceção feita ao Carnaval e seus
bailes televisionados ao longo da madrugada, conforme vimos reaparecendo com
fervor, até em recordações na disputa política pela prefeitura de São Paulo.
O Cine Prive, junto
com Emmanuelle, rompeu essas
barreiras e inaugurou a alegria da meninada, talvez até no prazer pelo
proibido, no fato de ter que ver tais filmes escondidos dos pais e, porque não
dizer, na descoberta do próprio sexo. A internet acabou com o glamour do
erotismo com a pornografia explícita.
Pode-se fazer um paralelo: do mesmo modo
que a internet acabou com o erotismo, a TV e o Pay-per-view vêm acabando com o glamour de ir ao estádio de
futebol. Hoje ninguém mais assiste a filmes eróticos pela vasta oferta de
pornografia na rede, do mesmo modo que os estádios do Brasil vêm assistindo ao
seu esvaziamento, ano a ano.
Fica aqui o luto do Futebol,
História e Futilidades pela morte de Sylvia Krystel.
Mas principalmente a campanha para que o torcedor comum volte
aos estádios!!!
* sugestão de nosso leitor Francisco Rômulo, vulgo Lixo.
Caro Jeléia, não concordo muito com sua tese de que "Pode-se fazer um paralelo: do mesmo modo que a internet acabou com o erotismo, a TV e o Pay-per-view vêm acabando com o glamour de ir ao estádio de futebol. Hoje ninguém mais assiste a filmes eróticos pela vasta oferta de pornografia na rede, do mesmo modo que os estádios do Brasil vêm assistindo ao seu esvaziamento, ano a ano.", pois se assim fosse também estariam perto do fim os cinemas e os espetáculos musicais. Sei não...
ResponderExcluirCaro Satanás,
ExcluirNão acredito que torcida ao estádio esteja perto do fim. Mas penso que há um nítido esvaziamento dos estádios de futebol e isso se corrobora com as estatísticas. Isso é fruto sim do televisionamento das partidas, concomitante a crescente onda de violência e do próprio preço dos ingressos. É um fenômeno de múltiplas causas...
O Cinema teve uma redução furiosa na quantidade de expectadores com a criação da TV, assim como os espetáculos teatrais. Lembro do meu vô comentando que ia ao cinema toda semana assistir a série do Tarzan com o Johnny Weissmuller. Hoje apenas superproduções arrastam multidões as salas de projeção.
Os shows musicais são um caso a parte, pois a tietagem é um fenômeno sociológico (ou psiquiátrico) a ser melhor estudado.
Enfim, são apenas teses...
Abraço
Foram muitas descascadas na infância sonhando com ela =/ hahaha dizem que essa noite haverá um pu...taço em homenagem a ela!! rsrs
ResponderExcluirÉ Jeléia... Acho que vc me convenceu, a não ser pela questão dos cinemas. É verdade que muitos cinemas foram fechados com o advento da TV, mas (apesar de reprovar o modelo) muitas outras salas foram abertas nos shoppings centers.
ResponderExcluirNão sei quando foi o auge das salas de cinema no Brasil e no mundo, mas em contrapartida penso que não estamos num momento de declínio ou decadência... Enfim, são apenas futilidades teóricas, nada além do que nosso blog propõe!!!
Um abraço!
Ass.: Satanás, vulgo Rodrigo, ou Japa, hehehe...