Esses sujeitos da foto não me
conhecem. Mas jogaram por mim na quarta-feira, dia 04 de julho de 2012. Jogou
por mim e por uma nação de 30 milhões de corinthianos: jogou por nós!
Foram aproximadamente 98 minutos
de cartase pura.
Eu não era apenas “o” Diego. Não,
não era!
Quarta-feira eu era o Cássio
defendendo o gol. Era eu quem marcava o Riquelme. Era pelos meus pés que a bola
passava no meio de campo. Eu era o Sheik marcando os dois gols. Eu era o Tite
instruindo o time na beira do gramado. Era eu o gandula que sumiu com a bola e
atrasava a reposição. Eu não era apenas “o” Diego: era cada um dos 40 mil
corinthianos no Pacaembu empurrando o time, como sempre.
Após o momento catártico, veio a apoteose:
comemoração, comemoração, comemoração!
Não assisti ao jogo na minha
casa. Assisti na casa do meu pai. Não conheço ninguém do bairro, mas comemorei
com os vizinhos alvinegros como se fossem meus melhores amigos; amigos de infância.
Comemorei subindo na traseira de um caminhão de lixo, dividindo minha alegria
com os irmãos que trabalhavam enquanto eu explodia em alegria.
As opções que fiz na minha vida,
me levam a ser um sujeito extremamente racional. No entanto, quando se trata de
Corinthians me dou o direito de ser e agir irracionalmente. O Diego educado que
todo mundo conhece, se transforma num bastardo desbocado e sem alma que pouca
gente reconheceria.
“Aqui tem um bando de loucos”
canta a Fiel. E isso que eu sou, enquanto corinthiano. Não mais um, mas um a
mais nesse bando de loucos, maloqueiros e sofredores espalhados por todo o
Brasil.
O único senão disso tudo, foi meu
avô não estar vivo para ter visto e ter vivido, o que vi e vivi na
quarta-feira, dia 04 de julho de 2012. Gostaria de ter assistido o jogo junto
com ele, como sempre fazíamos, desde que me lembro por gente. Gente não,
corinthiano!
Parabéns para os nossos 30 milhões
de irmãos espalhados no Brasil e no mundo.
Campeões I-N-C-O-N-T-E-S-T-Á-V-E-I-S!
Campeões invictos. Sofrendo
apenas quatro gols em 14 jogos. Empatando apenas uma partida em casa. Sem precisar
decidir nenhuma classificação/título nas penalidades máximas. Campeões sobre o
maior bicho-papão do torneio, que dos seus seis títulos da competição, quatro
foram ganhos contra brasileiros: Cruzeiro, Palmeiras, Santos e Grêmio.
Hoje podemos dizer que não nos
falta nenhum título, nenhuma taça, na sala de troféus que fica ali na Marginal,
sem número.
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