quinta-feira, 12 de julho de 2012

O Alviverde Imponente Ressurge - Campeão da Copa do Brasil 2012

Decidimos juntar os posts dos dois autores palestrinos para que nossas emoções se identifiquem ainda mais com uma grande quantidade de torcedores-leitores:

André Alves: Na noite passada já não dormíamos sem pensar sobre o grande jogo. Só de tocar no assunto o coração já descompassava, a ansiedade e o suadouro ressurgiam a nos perturbar. Coração de palestrino sofre. Entramos mais uma vez num duelo de paixão x razão. Nosso time a um jogo de ser campeão e ainda tínhamos medo. Medo que o time não fizesse valer sua vantagem, medo que o time não se encaixe como no primeiro jogo, medo que os jogadores não estejam preparados para jogar uma final.

Aí chega a grande hora, todas as sensações que você sentiu ao longo do dia pioram. E, sinceramente, como é bom! Senti ontem o que não sentia há mais de dez anos. Por duas horas, voltei a ser criança, revivi momentos importantes na minha vida como a final de 1999, revivi a série B e lembrei da festa que fazíamos no Palestra em jogos aparentemente medíocres, relembrei momentos de família acompanhando nosso palestra e agradeci a Deus por ter vivido e sentido isso. Agradeci por ser palmeirense.

Durante o jogo fiz de tudo, roí unha, troquei de lugar, sintomas de apaixonado. Mas a maior parte do tempo fiquei estático, olhando pra TV, quase sem piscar. Mesmo com o gol que nos dava o título esperei ansiosamente o apito final e tinha um único grito preso na garganta: É CAMPEÃO PORRA! E depois disso chorei. Uma lágrima contida, sofrida, assim como esse título.

Parabéns a todo o elenco palmeirense. Em especial, parabéns São Marcos, que merecia levantar aquela taça. Parabéns Assunção por se mostrar tão apaixonado pelo Palmeiras e por ter se dedicado tanto. Parabéns Luan, por sair da adversidade de ser questionado e se impor na base do esforço e da raça. Ontem, dentro de campo,  o Palmeiras foi Palmeiras outra vez..

Somos campeões mais uma vez. Voltamos ao nosso lugar.
Parabéns Palmeiras. Parabéns torcida que canta e vibra."


Diógenes Sousa: O Palmeiras ganhou a Copa do Brasil. Parece notícia antiga, coisa do passado? Não, aconteceu ontem, diante dos olhos de mais de 15 milhões de torcedores espalhados pelo país. Eu sou apenas um deles, só mais um que aguentava calado as brincadeiras dos amigos torcedores rivais, que sofreu com o fatídico 6x0 do próprio Coritiba ano passado e com as infinitas crises internas dentro do time, que parecem uma novela. Enfim, vi muitas coisas boas e ruins, vários craques e diversos pernas-de-pau também que envergaram nosso manto sagrado. Claro que o título pode mascarar alguns problemas, mas por que não ser otimista e acreditar que as coisas podem melhorar? Afinal, a esperança também é verde.

E ainda me perguntam o porquê de torcer para o Palmeiras. Tem gente que acha que time não se escolhe e sim ele que acaba por nos escolher. Bom, se o Palmeiras me escolheu, eu só tenho a agradecer, não pelo título de ontem, pelas conquistas do passado, mas por um motivo muito mais importante e talvez muito difícil de se explicar com palavras. O Palmeiras é o time do meu pai e este, por sua vez, sempre viajou muito pelo Brasil afora, na cabine de um caminhão, para trazer o sustento para dentro de casa, com isso, às vezes, se passavam muitos dias sem que a gente estivesse juntos, até mesmo em datas especiais, aniversário, natal e finais de campeonato das quais o Palmeiras participara.

Então o Palmeiras é muito mais que um time. É o elo que nos une, pai e filho, pois ainda hoje moramos longe um do outro, pelas escolhas do destino. Mas cada vez que o Palmeiras joga, eu me sinto perto dele, como o garoto que ficava ao lado do portão esperando sua carreta apontar na rua de casa. Sim, eu sou palmeirense por causa do meu pai e tenho o maior orgulho em dizer isso, por tudo o que ele me ensinou na vida, inclusive a torcer por estas cores que carrego no peito agora.

Hoje o dia é de comemorar! Nosso Palmeiras venceu! O meu amor eterno! E essa conquista me faz sentir ainda mais perto daquele que mais estimo, o meu pai.







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