quinta-feira, 5 de abril de 2012

Nem Guerra Entre Torcidas, Nem Paz Entre as Classes


Confesso que quando vi, fiquei surpreso. Em meio à pasmaceira e marginalidade que toma conta das torcidas organizadas no Brasil, eis que surge uma luz no final do túnel: e essa luz vem do Nordeste, mais especificamente do Ceará.

Falo da Ultras Resistência Coral, torcida organizada do Ferroviário Atlético Clube, que além de simplesmente torcer pelo seu clube, tem uma diretriz política de esquerda muito forte. Segundo o próprio manifesto da organizada arduamente contra todas as mazelas do capitalismo dentro e fora dos estádios. Nossa torcida não é de mero(a)s espectadore(a)s de partidas de futebol e da luta de classes, somos expressão do que há de mais ativo nas arquibancadas e na luta operária. Nossa bandeira abriga todo(a)s o(a)s lutadore(a)s explorado(a)s e oprimido(a)s que encontram no Ferroviário um alento, não apenas para torcer, mas, sobretudo, para lutar por nossa causa.” (fonte: ver site no final do post)

As bandeiras levantadas pela torcida vão muito além das comumente levantadas pelas torcidas comuns:

- não enxergar o torcedor rival como inimigo;

- combate a homofobia;

- combate ao racismo;

- combate ao machismo;

- combate ao xenofobismo e ao nacionalismo;

- combate às mazelas do capitalismo.

Penso que este deveria ser o sentido original de uma torcida organizada. Muito mais que futebol: mas também política e cultura. Não nego que algumas torcidas paulistas têm seus projetos sociais, entretanto o foco aqui virou principalmente carnaval e um refúgio para gangues de hooligans que cometem as atrocidades, como as ocorridas na Avenida Inajar de Souza antes do Derby paulista.

Sugiro, para quem se interessa, dar uma olhada no site da Ultras Resistência Coral que é bastante rico em informações, imagens, fotos, blog e muito mais.

O endereço do site é http://resistenciacoral.vilabol.uol.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário