quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ronaldinho, "um dia, um adeus"?

Finalmente contribuirei com minha primeira postagem nesse digníssimo blog. O título da postagem já deixa claro o tema que resolvi tratar: Ronaldinho (gaúcho?) e Flamengo. A música de Guilherme Arantes que fez sucesso em 1987, quando Ronnie tinha 7 anos, servirá para nortear a análise da relação entre aquele que já foi melhor do mundo 2 vezes:

"Só você prá dar
A minha vida direção
O tom, a cor
Me fez voltar a ver a luz
Estrela no deserto a me guiar
Farol no mar, da incerteza..."

A transferência de R10 para o Flamengo em 2011, após uma negocação que gerou mais noticia pelo espetáculo criado do que propriamente pela contratação em si, parecia que traria ao clube rubro-negro algo parecido com o Fenômeno Ronaldo no Corinthians. Melhores patrocínios, organização administrativa, melhorias em infra-estrutura. Porém...

"Um dia um adeus
E eu indo embora
Quanta loucura
Por tão pouca aventura..."

Quanto valia a contratação mais badalada de 2011? Com 31 anos e sem nenhuma lesão grave na carreira, situação muito diferente de Ronaldo e Corinthians, e com uma recente "melhora de fase" as vésperas da Copa de 2010, Ronaldinho chegou ganhando aprximadamente 1 milhão e meio, salário bem próximo ao do Fenômeno. Mas diferente de seu xará, que em seu primeiro ano conquistou 2 títulos, R10 conseguiu apenas atuações irregulares no campeonato estadual.

"Agora entendo
Que andei perdido
O que é que eu faço
Prá você me perdoar..."

Relativamente fora de forma, a única esperança da volta do bom futebol de Ronnie seria mais motivação? Mas jogar no clube com uma das maiores torcidas do país já não seria motivação suficiente? Para o ex camisa 10 do Barcelona parece que não. As festas com longa duração e as faltas e atrasos nos treinos mostram no mínimo falta de comprometimento. A "salvação" de R10, ao menos a salvação do ponto de vista internacional de sua carreira são as seguidas convocações para a seleção brasileira. Mesmo em má fase e apresentando o mesmo ou menos futebol que aquele que não o credenciou para a última Copa, o R10 goza de prestígio junto ao nosso glorioso selecionador.

"Ah! que bom seria
Se eu pudesse te abraçar
Beijar, sentir
Como a primeira vez
Te dar o carinho
Que você merece ter
E eu sei te amar
Como ninguém mais... "

A torcida do Flamengo com certeza pode ler a estrofe acima e imaginar tudo aquilo que fizeram na apresentação de Ronaldinho. Com o público que era possível, a chegada do 10 foi muito festejada. "O melhor do mundo no maior do mundo" era o slogan. O Flamengo, ao menos administrativamente, não chega nem perto dos maiores do Brasil nesse aspecto assim como o irmão de Assis...

"Ninguém mais
Como ninguém
Jamais te amou
Ninguém jamais te amou
Te amou..."

Nem a torcida do Grêmio no surgimento de Ronaldinho teve tanta admiração e nem tanta paciência como a torcida do Flamengo teve até agora. A provável não classificação na Libertadores deve abalar um pouco essa relação. Na 2a o R10 faltou novamente a um treino no Ninho do Urubu. A derrota para o Emelec nesta quarta-feira complica as chances do Flamengo, que está em último em seu grupo com 5 pontos, ou seja, precisa ganhar o próximo jogo e ainda torcer por uma combinação de resultados.

Ronaldinho já jogou muito, mas parece ser o tipo de jogador que "se enche o saco" rápido. Foi assim no Barcelona e no Milan. Os únicos times que Ronaldinho não esmoreceu foram PSG, seu primeiro clube na Europa, e o Grêmio, seu primeiro clube. Talvez por isso mesmo. A vontade de chegar a algum lugar existia. Um fim melancólico para um jogador que foi grande, mas que poderia ter sido maior ainda.

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